CRESCIMENTO DA ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NA UTI - TUMORES

"A fonoaudiologia cresce a cada dia no âmbito hospitalar, sendo a atuação deste profissional relativamente recente, principalmente em unidades de terapia semi-intensiva e intensiva. No hospital, o fonoaudiólogo ingressa na  equipe atuando de forma multi e interdisciplinar (Barros et al., 2000; Moschetti, 2003). A atuação do fonoaudiólogo em UTIs tem como principais objetivos: a identificação, avaliação, orientação e reabilitação da deglutição e comunicação. A fonoaudiologia na UTI está inserida em diversas áreas de atuação, dentre elas UTI neonatal, pediátrica, coronariana, queimados, trauma e oncológica. Os efeitos potenciais do câncer e o seu tratamento resultam em diversas alterações que variam em freqüência de ocorrência, severidade e complexidade.

A maior parte dos tumores de cabeça e pescoço ocorre nas vias aerodigestivas superiores, principalmente na boca, faringe e laringe que possuem estruturas fundamentais para o desempenho de funções básicas da mastigação, deglutição e produção da fala. Após o tratamento do câncer as sequelas da deglutição são consideradas pelos pacientes como o aspecto mais devastador, interferindo na sua qualidade de vida (Carrara-de Angelis e Fúria, 2001). Magnus e Turkington (2006) reconhecem que pacientes em UTI têm dificuldade com a comunicação em situações onde não conseguem falar, por exemplo, na necessidade de suporte respiratório, como a ventilação mecânica. Esta situação pode gerar um impacto na participação ativa do paciente no tratamento e no processo de cura. Por isso, o fonoaudiólogo também tem uma importância fundamental na avaliação e reabilitação de pacientes com dificuldades de comunicação na UTI. De modo geral, a atuação do fonoaudiólogo na UTI ainda não é totalmente reconhecida pelos profissionais intensivistas e pelos médicos em geral, pois trata-se de algo ainda relativamente recente no âmbito hospitalar. As alterações fonoaudiológicas deverem ser identificadas precocemente para prevenir o aumento de morbidade e mortalidade, diminuindo assim, o tempo de ocupação do leito e os custos hospitalares (Moschetti, 2003). A atuação da fonoaudiologia na UTI é um trabalho tanto no sentido de manutenção de vida, porque previne as complicações, quanto de qualidade de vida. Permite que o paciente volte a se alimentar pela boca, mantendo um suporte nutricional adequado e proporciona ajustes necessários para as alterações da comunicação (Barros et al, 2000). A disfagia é uma das alterações fonoaudiológicas que mais solicitará a presença de um fonoaudiólogo na UTI em caráter emergencial, devido às diversas complicações que podem acarretar ao paciente, como desnutrição, desidratação e aspiração podendo levar até mesmo o paciente a óbito. O objetivo do presente estudo é comparar a demanda da atuação fonoaudiológica no âmbito da unidade de terapia intensiva (UTI) antes e após ações educativas e modificações na rotina hospitalar."
Retirado do site : http://www.sbfa.org.br/portal/anais2009/resumos/R1514-1.pdf  às 07:28 dia 16/05/2011

Qual a área da Fonoaudiologia que mais lhe interessa?

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